Cinema colombiano e brasileiro feito por pessoas negras
Em parceria com a APAN (Associação dos Profissionais Negros do Audiovisual) do Brasil, criamos a Foco, a primeira Escola de Produção Audiovisual pela equidade racial que nasceu da articulação Colômbia-Brasil na busca por histórias de ponta para a criação de conteúdo consciente, de qualidade e impacto que permitem plantar um novo cenário transnacional de equidade racial onde a linguagem audiovisual é protagonista.
Na FOCO capacitamos mais de 30 vozes diversas (cineastas audiovisuais, fotógrafos, artistas, gestores e produtores culturais sobre as possibilidades de construção do cinema colombiano, expandindo suas fronteiras para incluir narrativas mais amplas, inclusive de caráter étnico, com bases estéticas de primeira linha .nível e com capacidade de conversação e interação com audiovisuais a nível global.
Nossa aposta é pensar no próximo patamar do audiovisual diaspórico e em particular afro-latino. Queremos explorar as possibilidades de construção audiovisual que nossos países encontram na etnia, buscando explorar narrativas mais amplas, com bases estéticas renovadas com capacidade de diálogo e interação com o público local e global.
“Na Colômbia, avançamos no nível legal, na representação política, de milhares de organizações muito diversas que promoveram a igualdade racial nas últimas décadas. Na Manos Visibles, estamos convencidos de que chegou a hora dos audiovisuais, por isso, desde 2020, iniciamos nossa estratégia de poder étnico audiovisual, com a qual promovemos mestrados, escolas e laboratórios. Este ano nossa grande aposta é esta aliança com a APAN, entidade que conseguiu projetar o Brasil como potência audiovisual a partir de sua diversidade étnico-racial com conquistas tão importantes como o fato de os filmes indicados ao Oscar serem narrados e realizados por afro-brasileiros cineastas. Por isso, queremos colocar nosso FOCO no Brasil com a APAN para promover um momento de liberdade criativa, estética e poética que nos permita considerar o próximo nível do audiovisual diaspórico e, em particular, afro-latino.” afirma Paula Moreno, presidente da Manos Visibles.
A Escola conta com a experiência e formação acadêmica da APAN, que tem conquistado um avanço sistêmico em equidade com perspectiva étnico-racial no audiovisual feito no Brasil, representando mais de 1.000 profissionais e associações no Brasil, defendendo seus interesses em todos os elos. A cadeia audiovisual (criação, produção, distribuição e exibição).
“Estamos muito felizes com o lançamento da FOCO e com a aliança oficial APAN - Manos Visibles na concepção desta escola. Trabalhar com nossos irmãos e irmãs na América Latina é um desejo antigo nosso e esta é a primeira de muitas ações” Janaina Oliveira ReFem - Vice-presidente da APAN.